Há muito tempo, li no Facebook a seguinte atualização de status da página Gina Indelicada que aborreceu bastante:
"Nos relacionamentos de hoje em dia você pode pegar na bunda, no peito. Menos no celular e no inbox do facebook, porque aí já é falta de respeito."
É evidente que você pode pode pegar nos seios e no bumbum da(s) sua(s) companheira(as)*. Quando há consentimento, não há problemas. Tá liberado. O que não está liberado é machismo.
Curtir o texto de Gina Indelicada é compactuar com a crença silenciosa de que a mulher é um objeto. Eu não sei você, mas nenhum homem me possui. Eu sou minha**. A minha vida e meu corpo são meus* e, portanto, não são controlados por ninguém; senão eu mesma.
Meu celular e minha inbox são territórios santos. Minhas conversar e minhas amizades não são (e nunca serão) administradas por homem algum. Minha vida é independente da do meu companheiro. Eu até o deixo desfrutar das minhas curvinhas, mas o controle e a velocidade máxima da via quem dita sou eu.
Não sei em que época o administrador da página Gina Indelicada está amarrado, mas fuxicar é sempre foi falta de respeito. Sempre. Outra coisa que sempre foi assim é o namorar*** de ontem e de anteontem. O que oscila é (falso) moralismo que permeia o tema.
Então, pergunto-te. Para que escandalizar o hoje? Para que reprimir a sexualidade feminina? Por que (des)qualificá-la por um comportamento sexual X ou Y? Por que -- em pleno século XXI -- ainda se insiste em coisificar mulher? Deixemos de ser falsos moralistas! Se ambas as partes estão de acordo, é lícito!*
A mulher, meu caro, não é fonte de prazer unilateral. Ela sente e deixa sentir. Deixa sentir-se.
* Não se aplica aos costumes cristãos.
** Cristão, leia: Eu sou de Jesus ou Eu sou de Deus.
*** Entende-se aqui qualquer eufemismo de conotação libidinosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário