segunda-feira, 18 de março de 2013

Quer andar de carro velho, amor?

Domingo, a saga de vender o carro do Luis finalmente terminou. O nosso pequeno Volkswagen foi arrematado em uma revendedora de veículos na Cidade do Automóvel. Com essa venda, conseguimos reunir pouco mais de  12% do montante necessário para o casamento. Luis e eu quase atingimos 30% da nossa meta de angariação de fundos faltando pouco mais de dois anos para o evento. Nem precisa dizer que estamos eufóricos, certo?


Como somos marinheiros de primeira viagem nesse negócio de veículos automotivos, estamos morrendo de medo de tomar calote do comprador. Para que isso não aconteça, procuramos nos informar com parentes e buscamos informações no Google. Assim nenhum espertinho vai nos passar a perna.

Pelo que aprendi, a venda de um veículo acontece com DUT (Documento Único de Transferência). Ele é uma das três partes que compõem o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, isto é, o documento do carro) e para que aconteça a transferência o documento deve estar em branco.* Se você não pretende vender o carro, pelo amor de Santa Jujubinha, guarde este documento em casa -- para a sua segurança.

Segundo meus estudos, percebo que o melhor lugar para que se efetue a venda do veículo é o cartório, pois  para se viabilizar a venda -- e para a nossa segurança -- são necessárias autenticar cópias e reconhecer firma em vários documentos.

Seus documentos estão o.k.? Então, siga os próximos passos para efetuar uma transferência segura:
  1. Pagamento:

    Antes de assinar qualquer coisa, verifique com o gerente do seu banco se a transferência foi efetuada com sucesso.** Uma vez confirmada a transição, preste muita atenção ao preencher os documentos.

  2. DUT

    O DUT não pode ser rasurado e a única lacuna que pode ser deixada em branco é a data da venda (isso é comum quando se vende para uma revendedora de veículos). Então, o nome do comprador -- seja pessoa jurídica ou física -- deve ser preenchido obrigatoriamente. As firmas de ambos, comprador e vendedor, devem ser reconhecidas em cartório para (quase) finalizar a compra/venda.

  3. Detran

    Findo o processo no cartório, faça uma cópia autenticada do DUT (já assinado) e do recibo/comprovante de compra/venda e leve esses documentos ao DETRAN.

É esse último passo é o que te previne de futuras dores de cabeça. Lá, a autarquia vai dar baixa do carro no seu nome. Caso o comprador seja um mal caráter e não transferira o veículo para o nome dele, você não será responsabilizado por quaisquer crimes que o sujeito venha a cometer com o seu veículo, pois o DETRAN estará ciente da venda, então você não responderá por essas infrações.

Os trâmites no DETRAN são isentos de impostos. E se não fosse, eu pagava! Imagina se atropelam alguém com o seu ex-carro? Deus nos livre!

A paz.


* Se o seu documento está preenchido, dirija-se ao DETRAN e peça uma segunda via.
** Seu comprador quer pagar em cheque? Aceite somente o cheque administrativo. Instrua-o a pega-lo na agência dele. Este cheque demora cerca de um dia útil para ficar pronto e é retirado com o gerente. O cheque administrativo nunca é um cheque sem fundo, pois a quantia paga por ele vem do próprio banco; em resumo, o comprador passa o dinheiro para o banco e o banco passa o dinheiro para você.

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