quinta-feira, 11 de abril de 2013

Para que serve um casamento?

Desde que fiquei noiva, há cerca de quatro meses, minha cabeça não para de maquinar casamentos. De lá para cá, engajei-me em dois grupos de noivas no Facebook e em uma lista de e-mails do mesmo assunto. Apesar do estresse de lidar com noivas à beira de um ataque de nervos, lidar com casórios me entretém por horas a fio...

Entretanto sempre me perguntei sobre algumas restrições bestas acerca de um casamento: por que tem que ter bem-casado? por que não pode ter balões? por que não pode ser na laje dos primos? por que as noivas têm que vestir vestido? e por que eles têm que ser branco? por que tem que ter flores? e por que os convites tem que ser impressos em papel especial? por que os convidados não podem estar de jeans e camiseta? por que tem que contratar manobrista? e cerimonialista? por quê?

Será que todas essas coisas garantem um casamento feliz e pra toda vida? Será que assinar um papel assegura o final feliz? Será que alguma coisa no mundo, senão a vontade do casal, sustém o amor?

Luis e eu nunca planejamos um casamento tradicional para duzentos convidados, mas algo modesto e bonito, que coubesse no nosso orçamento. Ainda assim, peguei-me acorrentada amarrada aos costumes do consumismo e da hipocrisia social... Mas, afinal, para que serve um casamento?

Entendo que a resposta mais prática para a seguinte questão seria: o casamento é um anúncio a Deus -- para os teístas -- e à sociedade da união de duas pessoas. Longe de discutir os motivos ou a legitimidade de um casamento homoafetivo, o ato de casar é um fim em si mesmo, que deriva exclusivamente do amor. 

Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. (1 João 4:19)

O amor não pertence a este mundo. Até entendo o componente mítico de um casamento, mas o que a sociedade tem que ver com isso? A sociedade não é nada celestial e, nesse sentido, corrompeu a simplicidade da soma com a potenciação. A mundana ostentação invadiu os casórios da alta sociedade, implicando em uma série de preconceitos acerca dos casais que "só" moram juntos.

Não vejo diferença alguma em casar ou morar juntos. Em ambas modalidades de juntar os trapinhos, o casal desenvolveu o interesse genuíno de se ajudar mutuamente e, talvez, iniciar uma nova família; com ou sem filhos. Por isso, não corroboro com a indústria dos casamentos.

Luis e eu, provavelmente, receberemos nossas famílias e amigos mais chegados em um churrasco dia de domingo num clube local. Está nos nossos planos pedir aos convidados que se vistam casualmente, tragam um prato e se divirtam.

Espero que o nosso momento especial seja tão significativo para eles quanto está sendo para mim.

A paz.

Um comentário:

  1. Não importa se o casamento é na igreja ou que seja duas pessoas que se amam e simplesmente passam a morar juntas. O que fica é a intenção de cada uma dessas pessoas, o amar e o ser amado.

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